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Evolução Histórica de Lutécia

Primeiras Casas de Lutécia em +/- 1930
Primeiras Casas
Fonte- Biblioteca Municipal
  • A Origem

 ANTONIO MONTEIRO DA SILVA, efetuou as primeiras derrubadas de matas no rincão paulista, em 1922.

 

A cultura cafeeira, lavoura pioneira da região propiciou a formação de um patrimônio com demarcação de quadras e ruas, que recebeu o nome de FRUTAL, devido à ocorrência de grande quantidade de árvores frutíferas nativas (jabuticabeiras).

 

Dentre as famílias pioneiras podemos destacar:Henrique Botteri, de nacionalidade italiana; Miguel João, de nacionalidade síria; Manoel Ignácio da Silva, de nacionalidade açoriana, mas um português íntegro; Luiz dos Santos Lima, Manoel José Rodrigues e Francisco Augusto Rodrigues, de nacionalidade portuguesa; José Jacinto Bernardi, e outros.

  • Fundação do Povoado

O patrimônio começa a se desenvolver com a construção de casas pelo Senhor Miguel João, proprietário da primeira casa comercial.

 

Antônio Monteiro da Silva doou à Diocese de Botucatu, quatro hectares de terras, correspondente a quatro quarteirões no centro do povoado, onde foi construída uma capela, invocando a sua Padroeira, Nossa Senhora da Boa Esperança. Para inaugurar a capela e celebrar a primeira missa em 25/05/1925, foi convidado o Padre Loughi, então vigário de Botucatu.

 

Entre 1925 e 1926, houve a criação de um Posto Policial, denominando o povoado com o nome de BOA ESPERANÇA, subordinado ao município de Campos Novos Paulista. A convite de Manoel Ignácio da Silva, em 1926, veio da cidade de Maracaí o Senhor Arlindo Eiras, para exercer a função de “guarda livros” (contador). Em seguida verificou-se um grande desenvolvimento no povoamento, devido ao incremento das construções e chegada de novas famílias, que trabalhariam nas emergentes culturas do café.

  • Criação do Distrito

Em 1928 é criado o Distrito de Paz, com o nome de Boa Esperança, que se desmembroudo distrito deTabajara, sendo eleito como primeiro Juiz de Paz, o Professor Augusto Luís Grohmann.

 

O então Deputado Estadual, engenheiro Nelson Ottoni de Rezende, a quem foi atribuído o processo contendo o pedido de elevação distrital, formulou um parecer que condicionava um nome latino: LUTÉCIA, como substituto para Boa Esperança, legalmente aceito pelas duas Casas Legislativas Estaduais (Congresso e Senado). Tal nome (Lutécia) foi escolhido por ter sido o mesmo, durante muitos anos, o nome da capital francesa, atual Paris.

 

Pela Lei Estadual nº 2.380 de 11 de dezembro de 1929, o povoado foi legalmente elevado a Distrito de Paz com o nome de Lutécia, anteriormente Distrito de Paz de Boa Esperança, sendo sede do município a cidade de Campos Novos Paulista, Comarca de Assis. Sendo designado com o primeiro tabelião de Paz e Registro Civil foi o Sr. José Camarinha, oriundo da cidade de Bernardino de Campos.

Instalação do Município em Bela Vista (Echaporã) em 1º de janeiro de 1938
Instalação do Município em Bela Vista (Echaporã) em 1º de janeiro de 1938
Fonte- Iara Helena Rodrigues Galdino

Em 1937, devido ao golpe de Estado, imposto por Getúlio Vargas, todas as Câmaras de Vereadores, Assembléia Legislativas, Câmara de Deputados e Senado Federal foram fechados. Permaneceram apenas os Prefeitos, onde o de Campos Novos Paulista era Guilherme Giannazi, ao qual estavam subordinados os distritos de: Casagrande (hoje Ocauçu), Bela Vista (hoje Echaporã), Vila Fortuna (hoje Oscar Bressane) e Lutécia, que foram divididas em subprefeituras.

Pessoas influentes na política de Campos Novos Paulista, indicaram o nome de Arlindo Eiras para ocupar a subprefeitura de Lutécia.

 

Por força do Decreto Estadual n° 9.775, de 30 de novembro de 1938, que fixou o quadro de divisão territorial do Estado, em vigência no quinquênio 1939 – 1943, a sede do distrito de Lutécia, passou a pertencer ao município de Bela Vista (hoje Echaporã).

  • Criação e Emancipação do Município.

No início da década de 40, foi criado uma Comissão em prol da Emancipação do Distrito de Lutécia a Categoria de Município

 

Em 30 de novembro de 1944, pelo Decreto n°14.344, que fixou o quadro territorial administrativo-judiciária do Estado de São Paulo, para vigorar no período 1945 – 1948, foi criado o município de Lutécia constituído pelos distritos de Lutéciae Amaralís (ex-Fortuna, e atualmente Oscar Bressane), ambos transferidos do município de Bela Vista (atualmente Echaporã). A esses distritos incorporaram partes de Echaporã. Ao de Lutécia ainda foram anexadas partes dos de Araguaçu (hoje Paraguaçu Paulista) e Borá, os quais integravam o município de Araguaçu. O município de Lutécia consta de dois distritos: Lutécia e Amaralís. Tendo sua instalação no dia primeiro de janeiro de 1945.

 

Até 1944 o município de Lutécia pertenceu à divisão territorial administrativo-judiciário de Assis. De 1945 até a presente data pertence à Comarca de Paraguaçu Paulista.

Comissão que Batalhou pela Emancipação do Distrito de Lutécia à Categoria de Município.
Comissão que Batalhou pela Emancipação do Distrito de Lutécia à Categoria de Município.

Em pé (da esquerda para à direita):- Arlindo Augusto Rodrigues, Bernardino Garrossino, Prof. Afonso Basile, Antônio Gonçalves e Antônio Garcia.

Sentados: José Antero Roxo, Henrique Rodrigues dos Santos, José Camarinha, Salomão Maluf e Luís dos Santos Lima (Lulu)

Fonte- Iara Helena Rodrigues Galdino

No dia primeiro de janeiro de 1945, através de uma grande festa, tomou posse como o PRIMEIRO PREFEITO DO MUNICÍPIO, o Sr. ARLINDO AUGUSTO RODRIGUES, por nomeação da Interventoria Federal do Estado.

Durante o transcurso dos anos, diferentes cidadãos (ainda por nomeação sucessiva) assumiram esse cargo: Arlindo Eiras (de 1946 a 1947), Albano Augusto Marino (de 14/04/1947 a 12/07/1947), Manoel Rodrigues Filho (de 12/07/1947 a 03/01/1948).

 

Em 1948 houve a normalidade das eleições devido o fim da ditadura, sendo então eleito como Prefeito de Lutécia o Senhor LUIZ DOS SANTOS LIMA.

Posse do Primeiro Prefeito de Lutécia, Sr. Arlindo Augusto Rodrigues em janeiro de 1945.
Posse do Primeiro Prefeito de Lutécia, Sr. Arlindo Augusto Rodrigues em janeiro de 1945.
Fonte- Francisco Augusto M. Rodrigues
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